Interfaces entre pedagogia e linguística – reúne ensaios e relatos de experiências de educadores com a alfabetização dos surdos, a escrita e a leitura, entre outros temas. As questões discutidas constituem, de forma implícita ou explícita, uma reflexão da natureza heterogênea, descontínua e, ao mesmo tempo vasta, implicada na definição própria da educação bilíngue para surdos.
Derrida & a Educação / Coleção Pensadores & Educação
Voltada principalmente para educadores, pesquisadores, estudantes dos cursos de formação de professores e demais interessados em pensar as relações entre a Educação e o mundo contemporâneo, a Coleção Pensadores & Educação apresenta seu sétimo volume. Neste livro os autores vão além das temáticas mais (re)conhecidas – o Outro, a tradução, a desconstrução, a diferença e a differánce, a hospitalidade, o monolingüismo (do outro) etc. Mais do que um livro sobre Derrida, este livro é um livro sobre como a escrita de Derrida se permeia e se dissemina na escrita destes autores.
Educação e Exclusão: abordagens socioantropológicas em educação especial
Esta obra pretende desacomodar velhas tradições em educação especial. Nela se fala de uma escola de direito que luta contra as formas indignas de submissão às interpretações patológicas. Organizada por Carlos Skliar, pesquisador de mérito internacional, reúne experiências educativas norteadas por uma concepção socioantropológica na luta a favor da inclusão e do direito à educação para todos.
Pedagogia (improvável) da diferença. E se o outro não estivesse aí?
E se, na verdade, o outro não estivesse aí? Sem o outro não seríamos nada; porque a mesmidade não seria mais do que um egoísmo apenas travestido. Porque, se o outro não estivesse aí, só restaria a vacuidade e a opacidade de nós mesmos, a nossa pura miséria, a própria selvageria que nem ao menos é exótica. Porque o outro já não está aí, senão aqui e em todas as partes; inclusive onde nossa pétrea mesmidade não alcança ver. E porque, se o outro não estivesse aí, mais valeria que tantas reformas nos reformassem a nós mesmos de uma vez e que tanta biodiversidade nos fustigasse com seus monstros pela noite. Atualmente as palavras “outro”, “respeito ao outro”, “abertura ao outro” etc. começam a resultar um pouco enfadonhas. Há algo que se torna mecânico nesse uso moralizante da palavra “outro”. Mas a questão do outro assumida por Carlos Skliar rareia com as discussões sobre as temporalidades e espacialidades do outro, com as representações e imagens habituais do mundo da alteridade, e tudo isso com o desmesurado e pretensioso propósito de deslizar na política, poética e filosofia da diferença.
A surdez: um olhar sobre as diferenças
Embora trate da educação dos surdos, este livro aborda amplamente a questão da inclusão dos estudos nessa área, provocando o leitor a um outro olhar sobre as diferenças das pessoas. Não é possível sair incólume dessa leitura que nos fala das representações hegemônicas que prevalecem em nossa sociedade, das dimensões políticas perversas que determinam as práticas escolares. É leitura obrigatória em estudos sobre o tema.
Os programas infantis da TV – Teoria e prática para entender a televisão feita para as crianças / Coleção Cultura, Mídia e Escola
É no rumo da desmistificação dos conceitos arraigados sobre TV e criança que Cláudio Magalhães envereda, enriquecendo um debate que, em geral, peca pelo maniqueísmo. Sua tarefa começa na própria definição de “programa educativo”, analisada aqui em todas as suas fragilidades, para demonstrar-se limitada e imprecisa. Avança pela evolução histórica da televisão educativa, flagrando as incoerências atuais entre discurso e prática de um modo de produção, que afirma repudiar as injunções do mercado, mas que cada vez mais busca no financiamento da publicidade comercial o lastro econômico para sobreviver. E culmina no exame detalhado de dois produtos exemplares – “Castelo Rá-Tim-Bum” e “TV Xuxa” -, extraindo de sua dissecação uma certeza: a de que educação e diversão podem coexistir na televisão infantil, seja ela estatal ou privada, e que a fórmula ideal talvez esteja no equilíbrio desses elementos. Repleto de informações úteis e de interpretações ricas, este livro tem uma vantagem adicional: é obra de autor “anfíbio”, imerso simultaneamente na prática televisiva e na reflexão acadêmica. Ao contrário de tantos trabalhos que demonizam a TV e quem a faz, este pode – e deve – ser lido por quem quer compreendê-la bem, para fazê-la melhor. (Gabriel Priolli)
A Família vai ao cinema
A família está nas telas do cinema tanto quanto está presente em seus tempos, espaços e territórios, seja nas salas e demais dependências que habita, como as salas das casas, seja nas salas de cinema frequentadas por grupos familiares ou parte deles. A família está nos argumentos, enredos e roteiros fílmicos, de um lado. E, de outro, está assistindo a filmes nos quais, muitas vezes, se vê projetada, indagada, reinventada, em um movimento de mão dupla no qual a família vai ao cinema e o cinema vai à família.
Outras Terras à Vista: Cinema e Educação do Campo / Coleção: Cinema, Cultura e Educação
Segundo a obra, há filmes que provocam um distanciamento do usual a fim de despertar um pensar sobre o que se viu, há filmes que são um processo catártico e que, por meio de questionamentos das imagens em movimento, provocam uma estética de ruptura. Esse panorama de películas que povoaram os cinemas nas décadas de 1960 e 1970 e dos que abordam as consequências de uma reforma agrária inacabada e imperfeita, pode animar os leitores deste livro a uma ‘(re)visão’ desses filmes. Esta obra pretende trazer uma pedagogia para o ver com olhos mais aguçados a realidade circundante.
CARTA DE OURO PRETO 2011
Os integrantes da Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual – Rede Kino, presentes na 6ª Mostra de Cinema de Ouro Preto – CINEOP, de15 a20 de junho de 2011, ocasião em que realizaram o III Fórum, compreendendo a necessidade de superar a distância entre a produção artística e a formação humana, de articular cinema, produção audiovisual e educação na formação de crianças, jovens e adultos por meio de práticas que ampliem as possibilidades de acesso à diversidade da produção cinematográfica e audiovisual em diversas regiões do país, objetivando colaborar com a educação estética cinematográfica e audiovisual dos latino-americanos, reafirmam:
- A fundamental importância da CINEOP como fórum nacional privilegiado dos encontros da Rede Kino para discussão, compartilhamento de experiências e encaminhamento de ações conjuntas nos âmbitos das relações entre cinema, educação e cultura;
- O compromisso de desenvolver projetos referentes e articulados entre Educação, Cinema e Audiovisual, promovendo, por meio da reunião de associados em grupos de trabalho, a realização de mapeamentos de programas e projetos no país que desenvolvam ações em cinema-educação;
- A necessidade de viabilizar a constituição de um banco de dados com informações sobre pesquisas, produções bibliográficas, levantamentos estatísticos, biografias e práticas que relacionem cinema e educação no país e na América Latina;
- O apoio ao Projeto de Lei nº 185, de 2008, do Senador Cristovam Buarque, que incorpora e acrescenta à Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, das diretrizes e bases da educação nacional, no seu artigo 26, parágrafo 6º, a obrigatoriedade de exibição de filmes e de audiovisuais de produção nacional nas escolas de educação básica.
Recomendam:
- A criação de fóruns, comissões e grupos de trabalho qualificados que possam analisar, opinar e contribuir para uma significativa, pertinente e adequada implantação do referido Projeto de Lei nas escolas;
- A flexibilização dos direitos autorais e patrimoniais de obras cinematográficas para que estas sejam acessíveis aos processos educativos, compondo acervos de instituições educacionais das redes públicas e organizações comunitárias do país;
- A criação de formas de adesão específicas aos programas fílmicos da Programadora Brasil para instituições de ensino, nos âmbitos federal, estadual e municipal;
- O reconhecimento, pelo Ministério da Educação, do profissional licenciado em Cinema e Audiovisual.
E, para finalizar, reconhecem a urgência do estabelecimento de diálogos entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação para promoção de ações colaborativas em educação, cinema e audiovisual no país.
Ouro Preto, 20 de junho de 2011.
Adriana Fresquet (UFRJ/CINEAD)
Adriana Hoffman (UNIRIO)
Aldenira Mota (UNIRIO)
Alexandre Mendonça (UFRJ)
Ana Lúcia Azevedo (FAE/UFMG)
Ana Paula Nunes (UFRB)
Anita Leandro (UFRJ)
Ataídes Braga (UMA)
Carlos Alberto Andrade Freitas (UESB)
Clarissa Nanchery (UFRJ/CINEAD)
Cristina Leilane Azevedo (SMED/VC)
Cyntia Nogueira (UFRB)
Danillo Barata (UFRB)
Eliany Salvatierra Machado (UFF)
Elisabete Bullara (CINEDUC)
Glauber Resende Domingues (UFRJ/CINEAD)
Gláucia Maria dos Reis (UFJF)
Inés Dussel (DIE/México)
Juliana M. de Siqueira (MIS Campinas)
Márcia Xavier (UFRJ/CINEAD)
Marialva Monteiro (CINEAD)
Marília Franco (USP)
Mariza Guerra de Andrade
Milene Silveira Gusmão (UESB)
Raquel Costa Santos (UESB)
Regina Ferreira Barra (UFRJ)
Renata Lanza (Grupo Olho- Unicamp)
Rosália Duarte (PUC-RIO)
CARTA DE OURO PRETO 2010
Os integrantes da Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual/ Rede Kino, presentes nas atividades da 5ª Mostra de Cinema de Ouro preto – CINEOP, de 17 a 22 de junho de 2010, ocasião em que realizaram o II Forum da referida Rede, reafirmam a fundamental importância deste evento nacional privilegiado de discussão e de compartilhamento de experiências, de reflexões e de encaminhamento de ações conjuntas e articuladas.
Na oportunidade consideram algumas necessidades, quais sejam:
1) Superar a distancia entre a produção artística e a formação humana, estimulando produções cinematográficas e audiovisuais e o acesso da população a diversos espaços artísticos e educativos;
2) Articular cinema, produção audiovisual e educação na formação escolar de crianças e jovens, de professores no exercício da docência e de público para o cinema brasileiro de um modo geral;
3) Colaborar com a educação estética cinematográfica e audiovisual dos latino-americanos e das novas gerações de brasileiros, de modo especial, por compreendê-la como componente relevante do Patrimônio Cultural;
4) Oferecer subsídios para que a produção cinematográfica e audiovisual latino-americana incorpore a defesa da educação inclusive no âmbito das políticas públicas.
Nesse sentido, os integrantes afirmam seu compromisso em desenvolver projetos referentes e articulados entre Educação, Cinema e Audiovisual, conforme as proposições e objeti8vos mencionados na Carta de Criação da Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual/ Rede KINO, elaborada nos dias 07 e 08 de agosto de 2009, em reunião para esse fim, na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais.
Recomendam ainda o apoio ao projeto de lei nº 185, de 2008, do Senador Cristovam Buarque, que incorpora e acrescenta à Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, das diretrizes e bases da educação nacional, no seu artigo 26, parágrafo 6º, a obrigatoriedade de exibição de filmes e de audiovisuais de produção nacional nas escolas de educação básica. Dessa feita, como a referida LDB define uma base nacional comum nos currículos do ensino fundamental e médio, complementados, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, a exibição de filmes brasileiros, mediante o referido Projeto de Lei, constituirá componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por no mínimo duas horas mensais. A título de nota e corroborando a idéia, transcrevemos citação da referida justificativa a esse Projeto de Lei “A única forma de dar liberdade à industria cinematográfica é criar uma massa de cinéfilos que invadam nossos cinemas, dando uma economia de escala à manutenção da indústria cinematográfica. Isso só acontecerá quando conseguirmos criar uma geração com gosto pelo cinema, e ainda, que acreditamos no cinema como arte, e que as artes estabelecem uma relação de tensão com as regras. A arte a entendemos como criação e como uma exceção à regra, uma transgressão. Preocupa-nos, também, que o cinema entre na escola não apenas como uma determinação legal, mas como um desejo de seus possíveis expecta-atores (professores, estudantes, comunidade escolar) e que a massiva adesão à proposta faça que esta regra justifique seu sentido apenas como ponto de partida, para que seja superada em iniciativas, tempo e forma de inclusão do cinema nacional nos projetos e processos educativo-escolares.
E, para finalizar, recomendamos a criação de fóruns, comissões e grupos de trabalho qualificados que possam analisar, opinar e contribuir para uma significativa, pertinente e adequada implantação do referido Projeto de Lei nas escolas.
Ouro Preto, 22 de junho de 2010.
Adriana Fresquet (UFRJ/CINEAD)
Ana Carolina (Projeto Lanterninha)
Ana Lúcia Azevedo (FAE/UFMG)
Ataídes Braga (UMA)
Carlos Miranda
Daniela Siqueira
Eliana Mendes (Projeto lanterninha)
Enrique Macatto
Elisabete Bullara (CINEDUC)
Eugenio Magno
Inês A. C. Teixeira (FAE/UFMG)
Janete Jobim Alves
Kennya ramalho Luz
Liliana Maria Lopes
Marília Franco (USP)
Mariza Guerra de Andrade
Milene Gusmão (UESB)
Nadja Dulci
Renata Lanza (Grupo Olho- Unicamp)
Ricardo Xavier (TAL)
Thiago Augusto Machado
Victor Lino (FAE/UFMG)
CARTA DE CRIAÇÃO DA REDE LATINO-AMERICANA DE EDUCAÇÃO, CINEMA E AUDIOVISUAL / REDE KINO
Considerando a importância do cinema e do audiovisual no campo da educação e da cultura nas sociedades contemporâneas e a necessidade da ampliação e consolidação de discussões e práticas relativas a esta temática e à educação estética audiovisual, em especial, reuniram-se, na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, nos dias 7 e 8 do mês de agosto de 2009, professores, pesquisadores, produtores, estudantes e representantes de outras organizações do âmbito do cinema e audiovisual, abaixo assinados, para a criação da “Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual”. A iniciativa surge de encontros proporcionados pela participação dessas pessoas em seminários, congressos acadêmicos e mostras de cinema dentro e fora do país e também do desejo de compartilhar experiências e somar esforços para tratar questões relativas à articulação entre educadores, pesquisadores, cineastas, produtores e gestores da educação no sentido de viabilizar ações conjuntas para:
1) superar a distância entre produção artística e formação humana;
2) articular cinema e educação na formação intra e extra escolar de crianças e jovens;
3) articular cinema e educação na formação de professores e exercício da docência;
4) contribuir para a formação de público para o cinema brasileiro;
5) colaborar com a educação estética audiovisual;
6) articular projetos em cinema e educação no âmbito latino-americano;
7) oferecer subsídios para que a produção audiovisual latino-americana incorpore a preocupação com a educação;
8) oferecer subsídios para a formulação de políticas públicas no que diz respeito ao acesso da população brasileira à produção cinematográfica;
9) estimular produções audiovisuais em espaços educativos;
Belo Horizonte, 8 de agosto de 2009.
Adriana Fresquet (UFRJ)
Ana Lúcia Azevedo
Ariadia Ylana Ferreira (UFMG)
Ataídes Braga
Cleuber Inácio Amaro (UFMG)
Claudio Marcio Magalhães
Daniela Giovana
Elisabete Bullara (CINEDUC)
Eugênio Magno
Herbert Glauco de Souza (UFMG)
Inês Teixeira (UFMG)
José Henrique Vilela (UFMG)
Milene Gusmão (UESB)
Pedro Ortiz (USP)
Rosália Duarte (PUC-Rio)
Vitor Ferreira Lino (UFMG)
ATA DE CONSTITUIÇÃO DA REDE LATINO-AMERICANA EM EDUCAÇÃO, CINEMA E AUDIOVISUAL
Nos dias 7 e 8 do mês de agosto de 2009, a convite das professoras Inês Assunção de Castro Teixeira (UFMG) e Milene de Cássia Silveira Gusmão (UESB), se reúnem na Faculdade de Educação da UFMG, em Belo Horizonte – MG, Adriana Fresquet, Ana Lúcia Azevedo, Ariadia Ylana Ferreira, Ataídes Braga, Claudio Marcio Magalhães, Cleuber Inácio Amaro, Daniela Giovana, Elisabete Bullara, Eugênio Magno, Hebert Glauco de Souza, José Henrique Vilela, Pedro Ortiz e Vitor Ferreira Lino, com o intuito de organizar um primeiro núcleo de pessoas que trabalham com Educação, Cinema e Audiovisual, para formação de uma rede interpessoal e interinstituicional, visando ampliar o debate sobre a temática e estabelecer relações parceiras para consolidação de práticas que tratem da importância do cinema e do audiovisual no campo da educação e da cultura nas sociedades contemporâneas. A iniciativa surge dos encontros proporcionados pelos fluxos de participação entre as pessoas nos encontros, seminários, festivais e mostras dentro e fora do país, mas também do desejo de compartilhar experiências e de juntar esforços para tratar questões relativas à temática da educação e da deseducação do olhar.
A discussão durante os dois dias apontou questões fundamentais da relação entre Educação-Cinema-Audiovisual, entre estas, destacou-se a dificuldade de articulação entre educadores/pesquisadores e cineastas/produtores no sentido de viabilizar ações conjuntas para superar a distancia que se estabelece, cada vez em maior grau, entre a produção artística e a formação humana. Além disso, tratou da necessidade de ampliar o escopo da rede para América Latina, uma vez que relações neste sentido já se desenvolvem em países vizinhos.
Então, com a concordância dos presentes e com o aval dos convidados que não puderam comparecer, criou-se a REDE LATINO-AMERICANA DE EDUCAÇÃO, CINEMA E AUDIOVISUAL.


