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Rede Kino

Filiação Institucional:
Email: redekino2009@gmail.com
Currículo:

Apresentação

Engajadas em projetos diversos que aproximam cinema e educação, as professoras universitárias Inês Teixeira (Faculdade de Educação/UFMG), Rosália Duarte (PPGE/PUC-Rio), Milene Gusmão (Curso de Cinema da Uesb) e Adriana Fresquet (PPGE/UFRJ), e também as professoras Bete Bullara e Marialva Monteiro (Cineduc-RJ), idealizaram, no II Encontro Internacional de Cinema e Educação da UFRJ, em 2008, uma iniciativa que pudesse congregar pessoas e instituições para compartilhar experiências e somar esforços no intuito de viabilizar ações conjuntas relacionadas a essas áreas.

Essa ideia materializou-se em 8 de agosto de 2009, quando um grupo de professores, pesquisadores, produtores, estudantes e representantes de organizações do âmbito do cinema e do audiovisual se reuniu na Faculdade de Educação da UFMG, em Belo Horizonte, e criou a Rede Kino – Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual.

No mesmo ano, aconteceu, no dia 2 de dezembro, o I Fórum da Rede Kino, no Rio de Janeiro, durante o III Encontro Internacional de Cinema e Educação da UFRJ. A partir do ano seguinte, o fórum vem sendo acolhido na Mostra de Cinema de Ouro Preto, evento representativo no circuito alternativo de exibição, preocupado com o tema da preservação do cinema nacional e interessado em abrir o diálogo com educadores e pesquisadores envolvidos com atividades de pesquisa, ensino e extensão no âmbito do cinema e do audiovisual. O II Fórum da Rede Kino foi, então, realizado na 5ª Cineop, em 20 de junho de 2010; o III, na 6ª Cineop, de 17 a 19 de junho de 2011; o IV fórum, de 22 a 24 de junho de 2012, na 7ª Cineop; e o V fórum, de 13 a 17 de junho de 2013, na 8ª Cineop.

VII FÓRUM DA REDE KINO / 10ª CineOP

Estimados parceiros,
é com satisfação que comunicamos que estão abertas as inscrições de trabalhos acadêmicos e de audiovisuais escolares para o VII FÓRUM DA REDE KINO: Rede Latino-americana de Educação, Cinema e Audiovisual

A Rede KINO é formada por um grupo de professores, pesquisadores, produtores, estudantes e representantes de organizações do âmbito do cinema e do audiovisual. Desde 2009 vem promovendo um Fórum anual para debate e reflexão sobre o audiovisual e a educação, sendo acolhido em 2010 pela Mostra de Cinema de Ouro Preto. O Fórum busca dialogar com as demais ações da Mostra tendo como foco processos e práticas que relacionam o cinema e a educação, criando um espaço de discussão e apresentação de propostas práticas para o encaminhamento de ações e projetos orientados na tentativa de ampliar as possibilidades de ocupação do cinema em espaços formais e não-formais de ensino.

Os interessados em apresentar trabalhos acadêmicos no VII Fórum da Rede Kino, devem submeter suas propostas ao comitê científico do fórum.

Na programação da temática educação do evento, serão exibidos filmes produzidos no contexto escolar. Estes filmes devem ser inscritos e avaliados por uma comissão eleita pela organização do evento e da Rede Kino.

→ Data prevista de realização do evento: 17 a 22 de junho de 2015
→ Local de realização: Ouro Preto – MG

SOBRE A INSCRIÇÃO

Poderão se inscrever quaisquer estudantes, professores, cineclubistas, cineastas e pesquisadores de qualquer nível de ensino.

Período de inscrição:

⇨ 1ª a 30 de de abril de 2015 (até 23:55 horas – horário de Brasília)

A consulta ao regulamento e o preenchimento da ficha de inscrição deverão ser feitos pela internet, através dos links:
Trabalhos acadêmicos: http://www.universoproducao.com.br/site/regulamento_trabalhos_academicos.php

Audiovisuais escolares: http://www.universoproducao.com.br/site/regulamento_projeto_audiovisual_escolar.php

Aguardamos as produções de vocês e agradecemos se puderem divulgar esta convocatória!

CARTA DE OURO PRETO 2014

Nós, integrantes da Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual – Rede KINO, presentes na 9ª Mostra de Cinema de Ouro Preto – CineOP, de 28 de maio a 2 de junho de 2014, para o encontro do VI Fórum, reconhecemos a interlocução crescente da educação com o cinema e o audiovisual, e a existência de uma enorme demanda não atendida pelos principais atores ligados à cultura e à educação.

Durante esses dias, projetos de diferentes regiões do Brasil e da América Latina revelaram a heterogeneidade, a potencialidade das ações, os desafios e os desejos que permeiam as relações entre o cinema e a educação. Como garantir a permanência de projetos já existentes e assegurar a viabilidade de novas iniciativas? Como organizar práticas formativas emancipatórias que costurem criação e técnica, para educandos, educadores, gestores?

Assumimos que o encontro educação-cinema é acima de tudo político. Os projetos existentes nos evidenciam a transformação de sujeitos e comunidades. Encontro que singulariza ações, compartilha saberes e perspectivas, envolve construções coletivas e aposta em novos processos e métodos de trabalho. É preciso pensar o papel do Estado e de poderes que assegurem a possibilidade dessas ações abrangerem todo e qualquer município do território nacional. Nesse sentido, propomos:

Para o MEC:  Apoio a municípios para formação continuada de professores para o trabalho com o cinema na educação. A Rede KINO identifica centenas de projetos de cinema e educação em todo o Brasil. Há uma evidente demanda por mais presença do cinema nas escolas. Uma das formas de intervenção possível é através de apoio direto do MEC a municípios para que estes desenvolvam com parceiros projetos de cinema-educação, permitindo assim uma real aplicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica LDB 9.394/96;

Para o Ministério das Comunicações / MEC: Vivemos a injusta situação em que milhares de escolas não possuem Banda Larga de qualidade, inviabilizando acesso a acervos, conhecimentos e trocas as mais diversas. Só com a banda larga a escola pode hoje efetivamente participar da construção do país;

Para o MinC: Entendemos que é de grande importância a democratização dos arquivos e a preservação de filmes que possam ser inseridos na programação de cineclubes e projetos nas escolas;

Para o MAIS CULTURA: Apoiar o trabalho com cinema nas escolas através do intercâmbio entre professores e sociedade civil. Entendemos que o MAIS CULTURA tem a possibilidade de dar maior ênfase ao trabalho de cinema nas escolas, abrindo espaço para atores que desenvolvem projetos na área: universidades, cinematecas, museus, ONGs;

Para ANCINE: Os filmes produzidos no Brasil com verba pública precisam chegar às escolas depois de seu período de exploração comercial. Vivemos hoje o paradoxo de termos a produção cinematográfica brasileira financiada com dinheiro público e, em um segundo momento, o dinheiro público tendo que ser usado para a compra destes mesmos filmes para as escolas.

Para a CAPES e o CNPq: financiar projetos de pesquisa, ensino e extensão que envolvam cinema, educação e preservação do patrimônio fílmico brasileiro.

Finalmente, aos amigos, cineastas e todos os atores envolvidos com o cinema, nosso convite: conheça o cinema que se faz nas escolas.

 

Ouro Preto, 02 de junho de 2014

Rede KINO

 

CARTA DE OURO PRETO 2013

Os integrantes da Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual – Rede Kino, presentes na 8ª Mostra de Cinema de Ouro Preto – CineOP, de 12 a 17 de junho de 2013, ocasião em que realizamos o V Fórum, reafirmamos a educação como um direito e enfatizamos a necessidade de articulação da educação com a criação cinematográfica e demais linguagens audiovisuais, por meio de práticas que ampliem as possibilidades de acesso à diversidade da produção de todas as regiões do Brasil e América Latina objetivando aprofundar a experiência cinematográfica e audiovisual dos estudantes de escolas públicas, em especial crianças e jovens.

A educação nos fala de futuro e a preservação daquilo que tem a ver com o passado. Acreditamos na possibilidade de conhecimento do futuro a partir da memória que parece derivar da capacidade poética/política de estabelecer um vínculo que ilumina ambos os termos, encurtando sua distância. Algo assim como a superposição de duas temporalidades. Ouvimos o som de um trem que já chegou, mas que vem chegando.
Neste V Fórum, procuramos encurtar algumas distâncias entre as temporalidades que remontam aos tempos de chumbo, mas também a tempos de flores, de iniciação de projetos audiovisuais em escolas, universidades, ONGs, comunidades, aldeias indígenas, instituições socio-educativas, asilos, hospitais, orfanatos e casas geriátricas… como gesto político e poético de justiça social dirigida a refletir hoje. Por isso, neste ano, colocamos em diálogo algumas páginas das memórias de infâncias durante a época da ditadura com o que isto constitui como potência de invenção de um outro tempo.

E o que é a educação senão uma presentificação do passado e do futuro? O vazio que existe entre esse amanhã e hoje é o lugar que nos ocupa, onde nossa capacidade de memória e invenção precisa desafiar a incompletude, sempre convite para o fazer da educação e das artes. Reduzimos também a distância dos espaços entre os povos brasileiros, argentinos, chilenos, equatorianos, colombianos… Começamos a visualizar a materialidade da rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual.

Escolher populações em situações de risco, aldeias e projetos sociais para promover experiências audiovisuais na América Latina foi o objetivo das várias mesas, nas quais compartilhamos a realização de projetos educacionais e demos visibilidade à potência do gesto criativo quando se produz o encontro de uma criança, um professor (também criança) com o cinema. Estas experiências de longa data nos permitem identificar a força revolucionária e de resistência que há nas ações/coisas/vivências do passado. Elas parecem cristalizar ou revelar uma energia que vira pelo avesso os modos esgotados de ser, estar e fazer.

Neste ano o Ministério da Educação e o Ministério da Cultura estabeleceram um primeiro diálogo na tentativa de criar um espaço de interlocução que possa se abrir à interação com as ideias e projetos do público, fundamentalmente composto por cineastas, preservadores, arquivistas, educadores e pesquisadores de cinema e educação visando políticas públicas.

Identificamos a urgência de políticas públicas de audiovisual orientadas para os realizadores interessados em produzir especificamente para crianças e adolescentes. Dessas políticas precisam surgir produções que respeitem, acompanhem e contribuam na formação estética, social, afetiva, intelectual e ética dos estudantes.

Afirmamos também a necessidade de incluir a participação direta da área de Educação nas discussões sobre produção e distribuição de cinema e audiovisual no país. Por isso, gostaríamos de apresentar algumas propostas para contribuir com a discussão.

Estreitar o vínculo entre as políticas de incentivo à produção de cinema no país e a difusão dessa produção nas escolas públicas. Deve-se instituir nos editais que os filmes financiados diretamente ou através de renúncia fiscal tenham cópia disponibilizada para todas as escolas públicas do país, em plataforma específica e adequada à infraestrutura tecnológica de todas as regiões. Essa produção precisa integrar tecnologias assistivas, como audiodescrição e legendagem em português e LIBRAS.

Esperamos que a CAPES inclua, em sua política de formação inicial e continuada de professores, estratégias e cursos especificamente voltados para a formação estética audiovisual e para o acesso ao cinema.

Propomos, também, a composição de um grupo técnico de assessoramento à elaboração de políticas públicas de audiovisual para a infância e adolescência. Sugerimos o estabelecimento de parcerias entre a Secretaria do Audiovisual (SAv) do Ministério da Cultura (MinC), Ministério da Educação e representantes de outros ministérios interessados, como um primeiro passo para o desenvolvimento de um plano de ação para todos os níveis de ensino.

Criar e fomentar um portal na internet de referência e compartilhamento sobre o audiovisual brasileiro para todos os níveis de ensino. Portal que reúna o mercado, os pesquisadores e consumidores.

Incentivar, promover e apoiar junto a mostras, festivais e fóruns a criação e continuidade de programas e oficinas sobre questões artísticas e técnicas, promovendo com isso, inclusive, a aproximação do público com criadores, produtores e diretores de filmes.

Desenvolver acordos internacionais de intercâmbio de formação e especialização na área profissional de produção audiovisual com e para estudantes.

Criar espaços municipais, estaduais e federais voltados prioritariamente para a exibição do cinema infantojuvenil. Viabilizar a produção de conteúdos audiovisuais por estudantes de escolas públicas de todo país, por meio da criação de editais e de novos Pontos de Cultura específicos para este fim, com a possibilidade de suas produções serem vinculadas na televisão pública.

Produzir e apoiar projetos de cineclubes escolares.

Promover mostras e festivais de curtas escolares.

Incentivar e fomentar a produção de documentários sobre, para e com estudantes (crianças, adolescentes e adultos) dentro e fora da escola.

Criação de um selo, a exemplo do Prêmio de Qualidade da ANCINE, para as iniciativas de produção e de difusão de conteúdo de qualidade para infância e juventude do país.

Agradecemos à CineOP como um dos fóruns nacionais dos encontros da Rede Kino para discussão, compartilhamento de experiências e encaminhamento de ações conjuntas nos âmbitos das relações entre cinema, educação e cultura.

 

Ouro Preto, 17 de junho de 2013.

REDE KINO

Profanações

O novo livro de Giorgio Agamben, Profanações, “trai” o leitor com a aparente simplicidade dos seus ensaios curtos. É uma coletânea sobre temas de estética, literatura e filosofia, como: pornografia, paródia, desejo, magia, natureza do autor, fotografia, entre outros. Mas, como em uma narrativa composta de episódios, de pequenas peças que se juntam conforme se avança na trama, os ensaios de Agamben revelam, em seu conjunto, uma discussão de fundo sobre estética e política. É um trabalho inovador, de um dos mais importantes e polêmicos filósofos da atualidade, autor de Estado de exceção (Boitempo, coleção Estado de Sítio) e Homo sacer: o poder soberano e a vida nua.

O Espectador Emancipado

O Espectador Emancipado reúne algumas das conferências proferidas por Jacques Rancière em universidades, museus e outros centros de arte entre 2004 e 2008. Elogio do espectáculo, no qual se incita o espectador a afirmar a sua capacidade de ver e analisar o que vê, este volume de ensaios contraria uma das mais antigas premissas da estética – a de que aquele que vê não sabe ver – para oferecer ao receptor um papel activo na compreensão da arte. Uma vez mais, a política e a arte em constante diálogo, sem jamais se confundirem.

O mestre ignorante – Cinco lições sobre a emancipação intelectual

Esse livro conta a história de Joseph Jacotot – professor, militante ardoroso do Século das Luzes que, confrontado, em 1818, a uma situação pedagógica inaudita, é levado a romper com todos os pressupostos existentes sobre as condições básicas do ensinar. A partir de então, Jacotot transformou radicalmente suas idéias e sua prática, oferecendo uma resposta à altura desse desafio. Mas não se tratou, para ele, apenas de conceber um método, um sistema, ou uma proposta pedagógica revolucionários; Jacotot deu início, a partir daí, a uma aventura intelectual incessante,dessas que bem merecem o título de filosóficas, capazes de pôr em questão os sentidos instituídos do ensinar e do aprender. A igualdade como princípio, a emancipação como método: quem ainda hoje ousaria negar a radicalidade de sua proposição?

CARTA DE OURO PRETO 2012

Os integrantes da Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual – Rede Kino, presentes na 7ª Mostra de Cinema de Ouro Preto – CINEOP, de 20 a 25 de junho de 2012, ocasião em que realizaram o IV Fórum, reafirmam a educação como um direito e enfatizam a necessidade de articulação da educação com a criação cinematográfica, por meio de práticas que ampliem as possibilidades de acesso à diversidade da produção nacional, das diversas regiões do país, objetivando ampliar a possibilidade da experiência cinematográfica e audiovisual de jovens e crianças.

Nesse sentido, manifestam:

  • Apoio ao Projeto de Lei nº 7507, de 2010, de autoria do Senador Cristovam Buarque, que incorpora e acrescenta à Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, das diretrizes e bases da educação nacional, no seu artigo 26, parágrafo 6º, a obrigatoriedade de exibição de filmes e de audiovisuais de produção nacional nas escolas de educação básica.

Esta rede considera que, uma vez sancionada a lei:

* A sua regulamentação deverá estar articulada com as políticas públicas de incentivo à produção audiovisual. Propomos que, em todos os casos que o Estado estiver presente como produtor, seja garantido às escolas públicas, sem ônus, o acesso às obras;

* É fundamental que a Lei dos Direitos Autorais – LDA, atualmente na Casa Civil, considere que a exibição de obras protegidas por direito autoral não seja obrigada a pagar qualquer direito autoral em casos de fins educativos;

* Toda escola deva ter condição de exibição adequada dos filmes;

* Deva se incentivar projetos que se articulem o cinema nacional com as escolas e que auxiliem os professores;

* É importante incorporar, aos poucos, junto com o cinema nacional, a exibição de cinema latino-americano.

E recomendam:

  • Uma ampla consulta pública para a regulamentação da lei;
  • A necessidade urgente de criar uma plataforma on line de acesso aos filmes distribuídos pela Programadora Brasil para instituições de ensino nos âmbitos federal, estadual e municipal. A necessidade de consultar os diretores com filmes na Programadora acerca da possibilidade de liberar gratuitamente o acesso aos seus filmes nessa plataforma.

Para finalizar, reconhecem a urgência do estabelecimento de diálogos entre o Ministério da Cultura e o Ministério da Educação para promoção de ações colaborativas em educação, cinema e audiovisual no país, sobretudo levando em consideração a eminente aprovação da lei acima mencionada.

Agradecemos à CINEOP como um dos fóruns nacionais dos encontros da Rede Kino para discussão, compartilhamento de experiências e encaminhamento de ações conjuntas nos âmbitos das relações entre cinema, educação e cultura.

Ouro Preto, 25 de junho de 2012.

REDE KINO